Atualmente, parece quase improvável que a aclamada série Death Note ganhe uma segunda temporada, considerando que o anime foi concluído em junho de 2007. Contudo, para os fãs ávidos por mais conteúdo relacionado à estimada franquia, existe um mangá menos conhecido situado no mesmo universo. Intrigantemente, este segmento do mangá poderia ter alterado significativamente o enredo e o protagonista de Death Note, potencialmente originando uma nova série completa.
Este fascinante capítulo, divulgado na Weekly Shonen Jump, antecedeu de fato a narrativa que evoluiu para a famosa série Death Note, introduzindo aos leitores uma trama parecida, porém com um protagonista totalmente distinto e significativamente mais jovem.
O protagonista desta versão do mangá popular é Taro Kagami, que, diferentemente de ser um estudante do ensino médio comum, é um aluno de treze anos. A criação inicial de Tsugumi Ohba foi muito bem recebida por editores e leitores, cujos comentários contribuíram para o desenvolvimento do inovador mangá Death Note, posteriormente publicado na revista Shonen Jump.
Uma narrativa fascinante com um protagonista jovem antecedeu o Death Note.
Quando Taro Kagami encontrou um diário do Death Note, ele não tinha conhecimento das capacidades extraordinárias do objeto e o considerou um diário comum. Ele passou a escrever nele regularmente, usando-o para registrar seus pensamentos pessoais. Sofrendo bullying de dois colegas, ele relatou esses incidentes no diário, ignorando as consequências de escrever os nomes deles ali. Após a inesperada morte dos colegas, Taro começou a explorar os segredos do enigmático caderno em seu poder.
Devido à sua falta de familiaridade com o inglês, Taro não notou que a palavra “morte” estava escrita na capa da revista. Quando percebeu o erro, sentiu um remorso profundo e avassalador pelas vidas que terminou involuntariamente. Contudo, o shinigami Ryuk surgiu e revelou a habilidade da “Borracha da Morte”, que permitiria a Taro reviver os meninos ao apagar seus nomes do caderno. Taro agiu imediatamente. As palavras de Ryuk se confirmaram e os meninos foram revividos, mas, inesperadamente, mais mortes ocorreram assim que Taro acreditou ter desvendado o mistério.
A narrativa de Taro apresenta várias semelhanças com Death Note, contudo, também possui diferenças notáveis.
Taro logo entendeu que seu Death Note não era o único existente e descobriu que Miura, um colega de classe, também possuía um. Miura usou o livro para matar valentões e policiais, e quase eliminou Taro para ocultar seus atos. Contudo, Taro conseguiu frustrar os planos de Miura, encerrando a série de assassinatos e levando ambos a se entregarem à polícia. Embora os detalhes do caso tenham sido ocultados e o Death Note de Miura destruído, Taro guardou as lembranças em segredo.
A narrativa envolvente poderia facilmente ter evoluído para uma série de anime cativante, mas Ohba realizou alterações substanciais naquela ideia original antes de criar o mangá famoso como Death Note. “A História de Taro Kagami” tem suas semelhanças, porém apresenta grandes diferenças ao ser comparada. Notavelmente, o personagem principal Taro difere significativamente de Light Yagami, o protagonista de Death Note, tanto em idade quanto em princípios. Enquanto Taro foi consumido pela culpa ao perceber que suas ações resultaram em mortes, Light reagiu de maneira muito mais calculista e indiferente, sem quase considerar a cessação do uso do caderno.